quarta-feira, 28 de setembro de 2011 0 comentários

Fernando e Fernanda

"Fernando e Fernanda"  possui, realmente, um começo que parece ser uma história de amor perfeita. Tinha tudo para dar certo, concordam? O que aconteceu para que (fiel a toda boa obra machadiana) o inesperado revertesse o futuro esperançoso? Vocês, meninas, teriam um comportamento diferente do de Fernanda? Ou, numa situação semelhante, teriam reagido de mesma forma? E enquanto vocês, meninos, como Fernando, teriam feito o mesmo? Ou tentariam reverter a situação? Coloquem-se no lugar dos dois.

Link do texto: (http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=17403)


Comentário :


Sim,eles certamente formariam um belo casal. Nada mais poderia dar errado para os dois, mas infelizmente o adulterio de Fernanda provou que o sentimento de amor dela por Fernando não era verdadeiro.
Nós do grupo não podemos dizer que comportariamos como Fernando ou como Fernanda, pelo fato de não termos passado por uma circunstância amorosa como eles dois passaram, mas para nós meninas o adultério não seria uma opção no caso.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011 1 comentários
Em leitura do "Sermão do mandato", como Vieira nos coloca as quatro ignorâcias do amante, que diminuem a perfeição e merecimento do seu amor? Por que Cristo ignorâncias se transformam em ciências?

E quanto a vocês, como seres humanos amantes da vida,do outro e de ai mesmo, já foram atingidos por alguma dessas ignorâncias que desandam o amor? Qual?
                                                                                                           Mariucha de Burgos
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No conto "A parada da ilusão", de João do RIo, Geraldo se envolve emocionalmente com Alda Pereira a quem conheceu numa casa de banhos, no Rio de Janeiro. Em que consiste a grande façanha desse estudante de medicina? Porque no final da história fica patente a inabilidade de Geraldo em guardar o princípio da vida - a ilusão ? 
                                                                                                         
                                                                                              Mariucha de Burgos.

terça-feira, 13 de setembro de 2011 1 comentários

O Bilhete de Amor

"O bilhete do amor", de Elias José, nos relata primeiramente uma história de amor de um garoto chamado Pitu. Em algum momento da suas vidas, ja chegaram a ser como Pitu ou Marina? Remontem ao passado de suas memórias e revejam as suas reações no campo do amor. Segredem-nos os seus sentimentos primeiros.

(OBS: Link do texto: http://adoradoresdetextos.blogspot.com/2009/05/o-bilhete-de-amor.html )

                                                                                           Professora de Literatura, Mariúcha de Burgos
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Pomba enamorada ou uma história de amor


"Encontrou-o pela primeira vez quando foi coroada princesa no Baile da Primavera e assim que o coração deu aquele tranco e o olho ficou cheio d'água pensou: acho que vou amar ele pra sempre. Ao ser tirada teve uma tontura, enxugou depressa as mãos molhadas de suor no corpete do vestido (fingindo que alisava alguma prega) e de pernas bambas abriu-lhe os braços e o sorriso."

Lygia Fagundes Telles



No conto “Pomba enamorada ou uma historia de amor”, Lygia Fagundes Telles nos conta uma historia de amor que não se concretizou. Como vocês traçariam o perfil feminino da personagem principal, P.E., Pomba Enamorada?

                                                                                  Professora de Literatura, Mariúcha de Burgos
sexta-feira, 2 de setembro de 2011 0 comentários
"A maioria de nós passa a vida inteira poupando felicidade, tão preocupados em não morrer que acabamos por não viver. Passamos a vida como lagartas rastejantes por medo da metamorfose e do desconhecido; e assim apodrecemos sem termos tido um único momento como borboleta. Se tememos a morte é apenas por não termos vivido. Na verdade morrer sem ter vivido é o único pecado que existe."
                                                                   
         Raul Seixas
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Leia e Reflita


"Ventos que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar. Por isso não devemos chorar pelo que foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso nunca se vai para sempre".
          
Bob Marley
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A pessoa que atrapalhava sua vida ( Luís Fernando Veríssimo )

……A PESSOA QUE ATRAPALHAVA SUA VIDA……

"Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda”.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011 0 comentários

 Luis Fernando Veríssimo (crônica)









Uma surpresa para Daphne



Daphne mal podia acreditar nos seus ouvidos. Ou no seu ouvido esquerdo, pois era neste que chegava a voz de Peter Vest-Pocket, através do fone.

- Daphne, você está aí? Sou eu, Peter.

Quando finalmente conseguiu se refazer da surpresa, a pequena e vivaz Daphne - era assim que a legenda da sua foto como debutante no "Tattler" a descrevera, anos atrás - esforçou-se para controlar a voz.

- Você quer dizer o sujo, tratante, traidor, nojento, desprovido de qualquer decência ou caráter, estúpido e desprezível Peter Vest-Pocket?
- Esse mesmo. É bom saber que você ainda me ama.
- Seu, seu...
- Tente porco.
- Porco!- Foi por isso que eu deixei você, Daphne. Você sempre faz o que eu mando. Era como viver com um perdigueiro. Agora acalme-se.
- Porco imundo!
- Está bem. Agora acalme-se. Pergunte por que é que eu estou telefonando pra você depois de dois anos.
- Não me interessa. E foram dois anos, duas semanas e três dias.
- Eu preciso de você, Daphne.
- Peter...
- Preciso mesmo. Eu sei que fui um calhorda, mas não sou orgulhoso. Peço perdão.
- Oh! Peter. Não brinque comigo...
- Daphne, você se lembra daquela semana em Taormina?
- Se me lembro.- Do jasmineiro no pátio do hotel? Das azeitonas com vinho branco à tardinha no café da praça?
- Peter, eu estou começando a chorar.- E daquela vez em que fomos nadar nus, ao luar, e veio um guarda muito sério pedir nossos documentos, e depois os três começamos a rir e o guarda acabou tirando a roupa também?
- Não. Isso eu não me lembro.
- Bom. Deve ter sido em outra ocasião. E a pensão em Rapallo, Daphne.
- A pensão! O velho do acordeão que só tocava "Torna a Sorriento" e "Tea for Two".- E a festa de aniversário em que nós entramos por engano e eu acabei fazendo a minha imitação do Maurice Chevalier com laringite.
- Ah, Peter...
- Lembra o pimentão recheado da "signora" Lumbago, na pensão?- Posso sentir o gosto agora.
- Qual era mesmo o ingrediente secreto que ela usava, e que só nos revelou depois que nós ameaçamos contar para o seu marido do caso dela com o garçom?
- Era... Deixa ver. Era manjericão.
- Você tem certeza?
- Tenho. Ah, Peter, Peter... Não consigo ficar braba com você.
- Ótimo Daphne. Precisamos nos ver. Tchau.
- Tchau?! TCHAU?! Você disse que precisava de mim, Peter!
- Precisava. Eu estou fazendo aquele pimentão recheado para uma amiga e não me lembrava do ingrediente secreto. Você me ajudou muito, Daphne, e...
- Seu animal! Seu jumento insensível! Seu filho...
- Daphne, eu já pedi desculpas. Você quer que eu me humilhe?
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Uma surpresa para Daphne

Luís Fernando Veríssimo é considerado um dos melhores humoristas da literatura brasileira. Em que consiste o humor, ou seja, o dado inesperado da crônica "Uma surpresa para Daphne" ? Ao final do relato, vocês se sentiram surpresos como Daphne ?

                                                                                         -professora de Literatura, Mariúcha de Burgos-
sábado, 27 de agosto de 2011 0 comentários

A Moça Tecelã



"Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.

Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.

Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos  do algodão  mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.

Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.

Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.

Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.

Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.

Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.

Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.

Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.

E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.

— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.

Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.

— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.

Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.

Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.

— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!

Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.

Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins.  Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte."

Marina Colasanti
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A Moça Tecelã

Neste conto, a moça tece um marido para em seguida, destecê-lo

Na sua opnião, o que faz com que a moça teça o marido ?

Qual o móvel que a leva, logo em seguida,a destecê-lo?

Associe as duas respostas às situações cotidianas vivenciadas por você em suas "história de amor".
 
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